segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sentimento subliminar

Talvez eu faça parte do grupo que se apega muito fácil. Mas cada um tem suas preferências, claro! E eu não ficaria de fora dessa.

Não consigo me apaixonar por um batom, um prendedor de cabelo, quem sabe uma fotografia, ou talvez um perfume faria minha cabeça, ficaria em minhas vias nasais como lembrança oculta por um bom tempo, mas nada que me tirasse do sério. Também não consigo me apegar a palavras e frases de efeito, aquelas tipo "você é tudo o que eu sempre quis", um "eu te amo" bem banalizado, ou "ah, você não existe!", existo sim, ó eu aqui! Tudo bem, é de se concordar que, me referindo as raras exceções, acho até romântico, agradável, gentil, mas não um determinante capaz de tirar meu fôlego ou meu sono. Diante disso, até eu mesma me pergunto: então o que eu tenho a ver com essa coisa de "me apegar facilmente"? É que têm pessoas que se apegam as coisas, as frases formadas, e eu estou falando de sentimento subliminar. Um belo rapaz, por exemplo, que carrega um estereótipo formidável, não imagino como seria, forte talvez, alto também, resumindo: aquele bem idealizado pela maioria das mulheres. O que esse rapaz despertaria em você: desejo? tesão? paixão? sim, sim, sim. Ele lhe satisfaria em muitos sentidos, obviamente. Mas seria só isso. E quando eu falo de sentimento subliminar me refiro à tudo que não tem, absolutamente, nada a ver com isso. Me refiro àquele olhar tímido que te arrepia dos fios capilares até as frieiras do dedinho do pé, àquele simples abraço que mais parece o super homem te levando pra passear lá no alto, àquela conversa sadia que se mistura a uma intimidade enrustida camuflada num sorriso radiante e envolvente te fazendo pensar "eu não falo assim nem com meu melhor amigo de infância!", ou o melhor e mais conhecido subliminarmente: o friozinho na barriga, ainda mais quando a única justificativa é "ele(a) chegou! :O", coisas extremamente simples, mas que pra você não tem preço, dimensão ou palavras capazes pra descrevê-las. É subliminar porque não se vê, não se explica, você só sente, e isso já é tudo. Posso dizer que é um dos sentimentos mais prazerosos e emocionantes que qualquer ser pode sentir. Por isso é o meu preferido, meu sentimentozinho de estimação, e esse é o fato que explica todo o contexto quando eu me apego a alguém: não é a casca, é todo o resto que não se vê. Não é só um sorriso, é o jeito de sorrir, não é só a fala, é o jeito de falar, não é só o carinho, é o prazer que isso dá, não é só a pessoa, é o que essa pessoa faz você sentir. Enquanto muitos se materializam e dão "piscadinhas" com $ nos olhos, o amor se banaliza e vira modinha, bagunça, mediocridade. Quando eu falo de amor, faço o máximo pra descrevê-lo zelosamente, pra que nada se perca e tudo seja compreendido. E eu já tive criação de borboletinhas no estômago, já tive a companhia de sininhos em meus ouvidos e já fui à lua muitas vezes, mas infelizmente continuo sendo habitante deste planeta. Sei disso porque aqui não sou imune, e meu ponto fraco se resume todo em apenas um sorriso, involuntariamente, bem dado.

Me derreto, me afogo, me enlouqueço, me sinto um mistério, abaixo da capacidade de detecção humana. É o tal do sentimento subliminar, mais conhecido como: Amor.

Karla Moreno

2 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Tem as estrelas da manhã
alinhadas em circulo
como um farol de aviso
aos navegantes
incautos e perdidos
que me habitam ...
Se eu pudesse
mascarava-me de lua nova
(que se esconde nas tramas
nebulosas
do meu sentir)
e escarnecia das sombras
fantásticas
que me desafiam
com versos...
(Maria Flor)

Só passei para te desejar um final de semana lindo com muito amor...
Abraços

Anônimo disse...

Queridaaaaaaaaaa

voltei pro blog!!!!!!!!!!!


bjjjssss

seu blog ta liiiindooo