terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Experimenta!

Eu olho pra trás, e vejo muita coisa.

Vejo uma menina que não sabia nada sobre: beijos na boca, garotos insensíveis, e o real entendimento do que é amor (o qual eu não desisto de descobrir!). Vejo, também, fases e fezes (eu digo "fases e fezes" porque você sabe, nem tudo são flores, às vezes, nem no início, como cita a música). Meu lado A e B. O que eu sempre fui, o reflexo de tudo que me tornei, e ainda estou por ser. Mas além de tudo, eu não vejo só um passado, eu vejo evolução! E é isso que importa.

Se eu tivesse beijado mais na boca, até perder as contas ao invés do fôlego, talvez não seria tão prazeroso. Se eu pudesse voltar atrás nos meus erros, não teria a noção exata de acertar, e a lição em aprender, por mim mesma. Se meus tropeços, e palavras sem volta, não tivessem sido lançados, as vezes que dei a volta por cima não teriam sido tão gloriosas. Se eu dissesse menos "não", descobriria coisas desagradáveis, até mesmo, sem retorno. Se a educação, que me foi dada, tivesse sido pela metade, talvez eu não seria quem sou. Não teria o mesmo pensamento. Tampouco, as mesmas qualidades e defeitos.

Agora, se pudesse mudar alguma coisa, eu não mudaria, porque nada me deixaria no lugar exato onde eu me encontro. Nada me faria sorrir com a mesma intensidade, nem me deixaria satisfeita o suficiente. E eu não falo de sonhos meus, realizados, nem de conta bancária, recheada. Falo da minha consciência, do meu espírito, da minha alma.

E se, hoje, eu pudesse apagar desilusões passadas como se apaga um quadro negro depois de uma aula no colegial, é claro que eu não apagaria. Se sou forte pra superar desamores, contratempos e indiferenças, créditos a elas. Se eu tivesse que escolher entre um grande amor e uma aventura inesquecível, e escolhesse a segunda opção, seria a prova concreta que não sei fazer escolhas. Não quero o "inesquecível", quero o "pra sempre". Não quero nada pela metade, só quero o que pode dar certo. E eu também não quero ser independente, como a modinha indica, porque ser independente é ser sozinha, imune, como tudo que chega e não se vê, e quando passa, não se sente. Se eu tivesse que substantivar o que sou, adoraria ser todo dia uma pessoa diferente. E como não gosto, não quero ser inesquecível, quero ser impactante.

Porque eu posso olhar pra trás e ver muita coisa. Mas quando viro pra frente, a visão é bem mais interessante.

Experimenta!

Karla Moreno

5 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Desculpa pela minha ausência, mais estou trabalhando, Florianopolis está lotada de turistas para o Carnaval.
Só passei para desejar um bom fim de Carnaval e uma ótima semana.
Abraços

Atreyu disse...

Vim pra conhecer..**
E curti bastante, menina você escreve com muita verdade viu, massa!
**¨** o passado já foi...
¨¨**¨¨ mas o que está aí é o futuro!
Gostei do texto

Cáh disse...

oii....td bem com vc Karla?
então, estou tentando comentar em seus posts ja faz uns dias e não conseguia, bom, visitei vc um dia, queria saber se quer trocar links, gostei do seu blog, vc acabou visitando um meu, que nem é interessante, é mais para arquivo das minhas reportagens, visite este daqui www.asombradomar.blogspot.com que é mais pessoal e mais sua cara. Adoro seusw textos! Um beijo

Cáh disse...

oi linda.. que bom... encontrei alguem que se parece cmg... srrs queria morar no teu blog e beber desta água sempre... tbm sou sua seguidora, vou colocar vc nos meus links.. vc tem algum banner?


beijos..


agora.. tenho que dizer, que amei esta parte "Se eu tivesse beijado mais na boca, até perder as contas ao invés do fôlego, talvez não seria tão prazeroso."



deveria ter feito isso!

[ Dk ] Mateus disse...

Passando por aqui, conheci este seu texto. Verdades irrefutáveis. Só discordo do "ser independente é ser solitário"... pra mim tem servido como ampliar todos os sentidos. Sabores, cheiros e toques se tornam ainda mais intensos. As experiências se tornam mais impactantes. A vida parece ter um big-bang por dia!

Experimente também! ;)