segunda-feira, 8 de junho de 2009

Digira depois de ler

Oi pra você. É, pra você mesmo. E você sabe que é "você". Sim sim, tá bom, eu sei que não deveria estar aqui escrevendo, ainda mais por estar escrevendo essas palavras totalmente voltadas pra "você", mas depois desse tempo, parece que preciso, e precisar é uma necessidade gritante no meu vocabulário, mais precisamente na minha cabeça.

Eu não sei "qual é a sua", não faço a mínima idéia do que deve estar passando pela sua cabeça agora, mas queria do fundo do coração acreditar que, mesmo longe, você está crescendo, amadurecendo, como pessoa e como homem, e não só quero como torço. Espero que esteja enxergando a vida melhor, além de tudo que já passou, tudo que ficou e tudo que ganhamos e perdemos. E eu posso estar fazendo a maior burrada, editando esse texto parceladamente, mais ou menos por seis dias, só por querer desabafar de alguma forma. Posso sim, mas não vou me arrepender, porque não costumo me arrepender das coisas que eu faço, e "você" sabe disso. Queria te contar como têm sido meus dias, já que costumava sempre me perguntar, pois então... eles têm sido normais, monótonos, talvez um pouco vazios, estão assim pela falta que "você" faz, não o "você" .. você sabe, mas a sua presença notória, seu sorriso, sei lá. Pode não concordar porque te conheço bem, como sempre achou que eu nunca "dei a mínima", mas fazem falta, sim. Por isso, onde quer que você esteja, quero que esteja bem. Meus primeiros dias sem "você" foram mais tristes do que imaginei. Tentei ocupar minha mente com outras coisas, apesar de não ter tido muito sucesso. Aconteceu exatamente como eu te disse... um filme, uma música, uma rede, uma bala inofensiva de melancia, e muitos "deja vu's", tudo me ligava àqueles dias, tudo me lembrava você. E não foi fácil mesmo não. Mas não estou a fim de chorar hoje, estou aqui pra te dizer coisas boas, não sei se quer saber, se te faço falta, ao menos se ainda se lembra de alguma coisa, não sei nem se está aqui pra ler, mas quero contar! Quero que saiba o quanto aprendi, o quanto cresci, e o quanto essa "coisa toda" me acrescentou de bom (vista inteligentemente, claro). Pode até ser engraçado dizer isso, mas à toda hora, me pego falando seu nome, não mais seu apelido, quando eu não deveria nem cogitar mais a sua pessoa. Como cachorro quente, e rio. Visto a calcinha da Hello Kitty, e rio. Fico na varanda olhando pro céu, e rio. Como chocolate, e rio. E as reportagens de bodyboard me afastam da televisão porque dá vontade de rir, pela falta de expressão que meu rosto insiste em procurar. Ainda não consegui ir ao shopping, nem ao cinema, pior que ainda nem li aquele livro que me deu, mas quando eu estiver pronta, pode deixar, irei, e rirei disso também. E o mais engraçado disso tudo é a saudade. No início ela doía, eu mal podia esconder... na verdade, eu não conseguia mesmo. Ela tomava conta de mim, e às vezes, me custava uma tarde de estudos, uma noite de sono, uma manhã produtiva. Mas acredito que "você" não esperava dias floridos pra mim, portanto não priemos cânico à respeito disso. E meus ouvidos, coitados, foram a fonte de tudo que eu não precisava ouvir "...será que é difícil entender, porque eu ainda insisto em nós...", "eu tento te esquecer, mas tudo que eu escrevo é sobre você...", "Your the missing piece I need, the song inside of me...", uma lista de músicas infinitas, que parecem me perseguir, quanto mais tento fugir, e dá vontade de que? De rir, rir muito. Mas o mais engraçado é que tudo que eu gosto, me lembra "você". Até que uma semana dessas, eu pensei em me obrigar a te esquecer, disse "Não dá mais! Preciso juntar tudo de ruim, tudo que me fez mal, e usar isso à favor do que estou sentindo.", E adivinha? Tive que rir, mais uma vez. Que tola! Como eu poderia esquecer o que no fundo eu não queria? Aliás, como eu poderia apenas apagar tudo? Se não tivemos apenas momentos difíceis. Isso não existe. Quanto mais eu procurava motivos pra tirar isso de dentro de mim, mais me acostumava com o fato de não ter "você" aqui, e você sabe que eu odeio fazer as coisas sob pressão, muito menos por obrigação. E isso me deu medo, sim, muito medo, não sei do quê, especificamente, só consegui identificar o medo mesmo. Até tive algumas vontades loucas, bem perturbadoras, e as mais patéticas eram quando tinha vontade de te ver, sentir seu cheiro, olhar pra "você". E quando me lembrava dos contratempos, meu peito adormecia em alguns arrependimentos, não pelas coisas que fiz, mas por tudo que não fomos capazes, talvez. E esse tempo passou, as semanas mais longas, irônicas e bem vazias de "você". Finais de semana incompletos, sem as cosquinhas, os abraços, o aconchego da rede, aquela musiquinha no fundo e a gente ali, sem fazer nada, com um mundo de coisas passando pela nossa cabeça. Sem nossas piadas baratas, brincadeiras bobas, sem sua mão na minha cintura, sua respiração no meu pescoço, sem uma lista infinita de coisas que fizeram falta nos últimos dias. Essa é a verdade. Não a dor, não o lado ruim, mas essa descoberta, essa conclusão boa de que "você" foi o melhor pra mim, apesar de não ter sido perfeito. O que passou, passou porque teve que passar, se hoje estamos assim é porque devemos estar, e amanhã só Deus sabe o que está a nos esperar. Mas enquanto o amanhã não chega, quero que saiba o tamanho de tudo que não tem dimensão, o tamanho do que sinto, do que penso, e do quanto espero que as coisas fiquem bem, independente de como fiquem... só quero que fiquem bem. E eu posso sim, estar fazendo uma enorme besteira por escrever isso aqui, mas não me arrependo, como não me arrependo de nada que fiz nesse último ano quando decidi assumir um relacionamento, quando mudei em muitas coisas que, antes, não via como defeitos meus, mas por "você" fiz valer a pena, quando me vi sem saída e mesmo assim continuei buscando, o que muitos diriam perda de tempo, eu ainda acreditava, e não, não me arrependo. Porque não minto pra mim mesma, assim como não gosto que mintam pra mim. Não me iludo, como também não gostaria se fizessem comigo. E não parto meu próprio coração achando que é a coisa certa, quando tenho outra opção.
Mas como eu sempre falei, eu continuo sendo eu, e você, "você". Duas pessoas diferentes. Onde a minha pessoa pode estar cometendo um enorme engano por acabar de escrever isto, mas os enganos estão aí pra serem cometidos, eu não seria a primeira a cometê-los.
Karla Moreno

7 comentários:

[ Dk ] Mateus disse...

Como diria Negra Li, "Se eu me magoar mais uma vez / Não amo mais ninguém"... belo momento de expressão.

Bjus

Fran disse...

Karla, esse eh um belo texto..
Mtoo lindo e marcante.
Adoro suas postagens!

Bjão Flor *-*

Allan disse...

Tudo ficará bem, aos 2, mesmo que separados...

Tava sentindo falta do choco brogui mais biitu =/
Miss u gorgeous coined
:*

elis disse...

ahh achei seu blog magnifico... muito boa a energia disso tudo aqui.... parabéns....!

EDUARDO POISL disse...

Pegue um sorriso
E doe-o a quem jamais o teve.
Pegue um raio de sol
E faça-o voar
Lá onde reina a noite.
Descubra uma fonte
E faça banhar-se
Quem vive no lodo.
Pegue uma lágrima
E ponha-a no ânimo
De quem não sabe lutar.
Descubra a vida
E narre-a a quem não sabe entende-la.
Pegue a esperança
E viva na sua Luz.
Pegue a bondade
E doe-a
A quem não sabe doar.
Descubra o AMOR
E faça-o conhecer o mundo.

( Mahatma Gandhi)

Desejo um lindo final de semana com muito amor e carinho...
Abraços Eduardo Poisl

Gii disse...

Tudo me lembra ele tb, as músicas, reportagens, filmes, futebol. As lembranças doem demais =/

EDUARDO POISL disse...

FELICIDADE!

Quando o vento bater à sua porta,
Abra devagar,
Para deixa-lo entrar
Pense quanto de bom poderá receber,
Se estiver pronto para tal,
Mas as conquistas diárias
Estamos sempre apostando tudo
e a cada recomeço,
Percebemos, o quanto é gratificante,
Estar pôr perto de quem se gosta de verdade,
Sua simpatia,
Corresponde o momento de felicidade
e transborda de alegria
o coração de quem recebe.

(Roseli Alcântara)

Desejo toda a felicidade neste final de semana,
Um grande abraço.